sábado, 28 de setembro de 2013

Meus Tons De Poesia








Deveria eu, viver
dentro dessa redoma de vidro?
onde tentam me dobrar, me partir.
falam que o amor está morto e enterrado,
que a poesia é um prazer transviado,
mas como posso engolir o seu preto e branco,
quando sei que o mudo explode
em tantas outras cores?
se não puder levar meus versos ao paraíso
então o paraíso não é o bastante.
escrevo como o homem que trabalha o barro,
com humildade, deixo que reinem 
seus reinos de carta de baralho,
o que não alimenta a alma
não vale a pena ser lembrado.




quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Humano Por Demais



   A noite já não traz
   a tranquilidade de outrora.
   o pesar cobra seu preço
   e nunca se terá tão pouco
   que não se possa pagar.
   nesse momento,
   gosto de pensar que a mácula 
   é coisa do mundo,
   mas sinto que ela vem de dentro
   e vindo de dentro
   temo ser humano por demais.
                                                                 
                                                                 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Tudo Bem Se Perder à Dois



Quando o silêncio toma o quarto
e a fresta da janela
traz toda a luz que temos,  
entre um beijo e outro
lembramos como respirar.
nos consumimos,
como o combustível que queima,
os anjos coram
mas não desviam o olhar.
nos perdemos um no outro
e não nos preocupamos
      com o que vamos encontrar. 
                                                          
                                                          

domingo, 22 de setembro de 2013

Céu Complacente


                                                 
                   
O homem sofre
e a terra
se padece.
o sol se despede
e o céu enrubesce
                                                  
                                                                  
                                                 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Abandone Seu Porto




O tempo passa arrastado  
nos levando com ele.
seguimos cansados
apoiados em mentiras que nos confortem.       
                                                       
Encaramos o pior lado da moeda,
vivendo entre mortos e feridos
negamos nossa pequenice
nos coroando reis e rainhas
de uma terra sem leis.
ousamos sonhar.
                                                      
Temos a coragem
de seguir em frente sem remorso,
zarpar sem mapa ou bússola
enquanto nossos portos queimam às nossas costas.
sabemos que não importa o destino
desde que se trilhe o próprio caminho.