Deveria eu, viver
dentro dessa redoma de vidro?
onde tentam me dobrar, me partir.
falam que o amor está morto e enterrado,
que a poesia é um prazer transviado,
mas como posso engolir o seu preto e branco,
quando sei que o mudo explode
em tantas outras cores?
se não puder levar meus versos ao paraíso
então o paraíso não é o bastante.
escrevo como o homem que trabalha o barro,
com humildade, deixo que reinem
seus reinos de carta de baralho,
o que não alimenta a alma
não vale a pena ser lembrado.
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