sábado, 13 de setembro de 2014

Corações Como Armas




Corações são como armas.
Às vezes impessoais como uma rajada de metralhadora,
só há o desejo de se espalhar pelo mundo,
derrubar quantos puder antes de ver
a si mesmo vir ao chão.

Às vezes frios como uma faca cega.
dá-se o golpe sem intenção real de matar.
Só se quer ver alguém sangrar, deixar sua marca na pele alheia.
sem saber que muitas das vezes o apunhalado 
provavelmente preferiria estar morto.

Corações tem pré-disposição para a violência,
somos porcos espinhos, tentamos nos abraçar
e nos ferimos no processo.



segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A Tempestade





Observo o que está por vir
e me pergunto, por que eu não fujo
quando sei que acabarei por me ferir?
talvez um orgulho imprudente arda no peito, me mantendo inerte
quando todo o corpo pede a partida.
Sei que a tormenta virá.
Uma tempestade violenta com olhos castanhos e cabelos negros
que de certo não me poupará, como manda sua natureza.
Mas que venha, penso ao final.
traga a sua violência e jogue o céu sobre a minha cabeça, 
já estou a achar graça disso tudo
 pois sempre gostei de ver a chuva cair.